Crie um planejamento financeiro e não se enrole nas contas
Saber como andam as suas finanças é o caminho mais seguro para a realização de grandes sonhos. Veja como colocar as contas em dia. Acesse!
22/03/2021 • 11h39min • EM DICAS & DECORAÇÃO
O que você vai ver neste artigo:
Saber como andam as suas finanças, onde e como o seu dinheiro é gasto, além de ser uma das melhores formas de manter o controle financeiro, é também o caminho mais seguro para a realização de grandes sonhos, como a compra de um imóvel. O planejamento financeiro é importante para concretizar objetivos.
Entretanto, antes de pensar no futuro, é preciso entender o presente. Para isso, é fundamental fazer um diagnóstico financeiro para conhecer melhor o seu orçamento.
A partir dele, você consegue enxergar o que está errado nas suas finanças e pode fazer as melhores escolhas, agir da forma mais segura e responsável para não se enrolar nas contas.
Como é a sua rotina financeira?
Para responder essa pergunta, coloque no papel quais são as suas fontes de renda, os seus custos e despesas mensais. Aqui, temos um exemplo de como organizar essas informações de forma bem simples, no papel ou planilha:
Divida as informações em cinco colunas:
1. A data da compra;
2. O que comprou;
3. Onde comprou;
4. Quanto pagou;
5. Como pagou.
Comece anotando apenas as despesas fixas e essenciais, que são aquelas que você precisa pagar todo mês - como aluguel, condomínio, água, luz, gás, escola dos filhos, faculdade, plano de saúde, medicamentos de uso frequente, conta de celular, tv a cabo, academia, dívidas, investimentos, entre outros.
Investimentos devem ser custos fixos
Ah, você deve estar se perguntando se o investimento está no lugar certo, né? Sim, está! É importante encarar o investimento como um custo fixo, como se fosse um "boleto pessoal".
Não adianta apenas esperar sobrar dinheiro para investir. O investimento precisa ser uma prioridade dentro do planejamento. O ideal é separar no mínimo 30% do que você ganha para aplicações.
Primeira análise
Bom, agora você consegue ter uma previsão de custos antes mesmo do mês começar e, assim, entender o quanto da sua renda está comprometida. Essa é a primeira conclusão do seu diagnóstico.
Vamos supor que sua renda mensal é de R$3.000,00 e seus gastos são de R$2.500,00. Isto significa que sobrará R$500 para você viver o mês com gastos variáveis.
Por falar em custos variáveis, chegou a hora de incluí-los na tabela. Não deixe de fora nenhum gasto, por menor que seja - como restaurante, supermercado, cuidados pessoais, lazer e compras, por exemplo.
Se você não tem o hábito de documentar todas as suas movimentações, comece a fazer isso agora mesmo. Só assim é possível fazer o controle e estabelecer prioridades.
Próximo passo: categorizar
Quando não se define limites para as despesas, acontece um desequilíbrio no orçamento. E é isso que você vai fazer nesta etapa. Com a tabela preenchida, crie categorias para os gastos do dia a dia. Exemplo: alimentação, transporte, lazer, saúde, beleza e imprevistos.
Em seguida, coloque limites para cada categoria. Você pode usar a fórmula 40%, 30%, 20% e 10% para isto. Veja como aplicá-la:
Qual é a categoria mais importante para você? Qual tem maior impacto no seu dia a dia? Estabeleça uma hierarquia.
Usando como exemplo os R$ 500,00 que sobrou, temos:
R$200 (40%) para alimentação;
R$150 (30%) para transporte;
R$100 (20%) para lazer;
R$50 (10%) para beleza.
Apesar de ser uma fórmula, quem determina as categorias e a prioridade é você, de acordo com suas necessidades. Então, se você chegar à conclusão que o dinheiro que sobrou é pouco, pode remanejar o que gasta em cada categoria, analisar onde pode cortar gastos e fazer renda extra.
Tá aí a importância de colocar tudo no papel e fazer uma avaliação mês a mês das suas necessidades!
Cuidado com os pequenos gastos
Os pequenos gastos podem ser um vilão no seu orçamento. Eles se acumulam e o montante final acaba se tornando significativo.
Boa parte do descontrole financeiro ocorre pelos hábitos de consumo. Pare e pense: quantas vezes você comprou algo sem necessidade, apenas por impulso?
É importante analisar todos os gastos e refletir sobre as reais necessidades de cada um deles. Só assim você encontrará alternativas para reduzir custos.
Sabe a assinatura de TV que quase não é usada? Cancele!
A conta de energia está alta? Pense em formas de economizar!
Estabeleça metas
Pronto, você já entendeu suas finanças, fez a análise do orçamento e sabe como organizar os gastos. Agora, precisa estabelecer as metas e trilhar o caminho até o tão sonhado imóvel próprio.
É importante definir metas tangíveis. Isso não significa que você não possa ter objetivos complexos e difíceis de serem realizados, mas que deve ter ciência da dificuldade e ter disciplina para realizá-los.
Coloque no papel todos os seus desejos e defina o prazo para cada um. Por exemplo, as metas em curtíssimo prazo serão realizadas em até três meses, em curto prazo até um ano, em médio prazo até cinco anos e em longo até dez anos.
Depois, faça um exercício prático em cada meta, completando a frase “Eu preciso de (R$) até (prazo) para (desejo) porque (motivo)”. Então, sua meta poderia ser “Eu preciso de R$90 mil até 2025 para dar entrada em um apartamento porque meu sonho é sair do aluguel”.
Checklist das finanças em dia
- Evite o famoso efeito “bola de neve”: escolha uma dívida (de preferência a mais fácil de quitar) e tente negociar o pagamento com o credor. Jamais aceite parcelar uma dívida atrasada com o próprio banco ou cartão de crédito sem antes simular taxas melhores.
- Revise: olhe com atenção os gastos listados nos últimos meses, encontre padrões de gastos desnecessários, veja em que armadilhas você sempre cai e fuja delas.
- Não seja seu próprio inimigo: cumpra o planejamento financeiro para não só conseguir pagar suas contas, mas também rentabilizar mais dinheiro em aplicações por mês.
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