Cidades sustentáveis: O que são e o que elas têm a ensinar?

As cidades desenvolvidas pelo mundo começam a executar estratégias projetuais na arquitetura e no planejamento urbano a fim de favorecer e potencializar a interação humana, incorporando uma ampla gama de aspectos distintos, desde a saúde até a sustentabilidade.

Neste artigo, você confere o que algumas cidades estão fazendo para se tornarem mais sustentáveis. Exemplos no Brasil e no mundo. 

O que são cidades sustentáveis?

Humanização das cidades, tecnologias sustentáveis e sistemas de energia são as bases para uma cidade sustentável.

O planejamento urbano deve considerar as preexistências e os padrões de comportamento de uma comunidade para criar lugares e espaços de qualidade que afetem as pessoas em um nível emocional, que proporcione bem-estar e qualidade de vida.

A revitalização dos espaços públicos é um bom exemplo disso. Revitalizar significa repensar os espaços para adequá-los às necessidades modernas. A sociedade muda constantemente e a malha urbana precisa acompanhar essa evolução.

É com essa visão que a Tegra tem adotado ações que melhoram a mobilidade, promovem integração entre a natureza e a arquitetura e muito mais. Batizadas de Gentilezas Urbanas, essas iniciativas visam oferecer mais conforto e bem-estar para as pessoas. Inclusive temos um post aqui no blog com mais detalhes sobre o programa Gentilezas Urbanas.

Cidade sustentável = Cidade saudável

O arquiteto e urbanista Anibal Moriyama falou na série Casa Tegra Em Casa como a ideia de revitalização vai muito além de deixar a cidade mais bonita. A nova agenda urbana, um documento publicado pela ONU Habitat em 2016, fala sobre a criação de ambientes mais saudáveis, seguros, socialmente democráticos e culturalmente diversificados.

“O que se deseja é que os espaços voltem a desempenhar um papel para a sociedade e com qualidade. Trata-se, por exemplo, da manutenção do nosso patrimônio histórico, mas também funciona como uma estratégia sustentável diante do crescimento dos centros urbanos, a reutilização de espaços já existentes”, conta Aníbal na série Casa Tegra Em Casa. 

O futuro das cidades

Pelo mundo e no Brasil, as cidades não param de se renovar. Na edição 8 da revista Tegra In fizemos um exercício para captar o mood urbano. O Caderno Cidade faz uma imersão no que há de mais novo em planejamento urbano.

Aqui você confere alguns exemplos de cidades que apostam em um novo urbanismo para serem sustentáveis e saudáveis. Acesse a revista Tegra In e leia a matéria na íntegra.

Paris, a cidade dos 15 minutos

Ter acesso a todos os serviços básicos, trabalho e lazer a uma distância de 15 minutos a pé do lugar onde se mora. Esse conceito de planejamento urbano já é uma realidade em Paris. Batizada de cidade dos 15 minutos, cidade inteligente ou cidade do futuro, a ideia é considerada uma tendência e uma referência para o urbanismo contemporâneo.

Amsterdam:  Exemplo de Mobilidade 

A solução para a mobilidade nas cidades passa pelo uso de bicicletas. Para se ter uma ideia da importância da bicicleta na capital holandesa, basta comparar o número delas com o de habitantes. Amsterdam tem cerca de 835 mil moradores e, em sua área metropolitana, 2,2 milhões de pessoas. O número de bikes? 881 mil. 58% da população afirma pedalar diariamente para ir à escola, ao trabalho e a tantos outros lugares com uma bicicleta.

São Paulo (600km de Ciclovias)

São Paulo é a cidade com mais ciclovias no Brasil. De acordo com a Prefeitura, a capital tem uma malha cicloviária com 681 km de extensão, que inclui ciclovias segregadas, ciclofaixas permanentes e alguns quilômetros de ciclorrotas. 

O Plano de Metas 2021/2024 prevê um incremento de mais 300 km, o que levaria a cidade a ter quase 1000 km de estrutura de proteção para quem usa bicicleta. O objetivo, segundo a Prefeitura, é tornar a bicicleta uma alternativa de transporte viável, seguro e saudável para toda a população, seja como único meio de locomoção em trajetos curtos e médios ou como possibilidade de se integrar aos demais meios de transporte, como ônibus, trens e metrôs.

Arquitetura saudável

A arquitetura saudável planeja espaços mais amplos, agradáveis e limpos, tanto em espaços públicos quanto em escritórios, na esfera privada e nas áreas comuns de edifícios.A utilização desse conceito surgiu com a percepção de que as pessoas passam muitas horas diárias dentro desses espaços. Portanto, melhorar a qualidade desses ambientes é essencial para trazer mais motivação ao cotidiano e evitar doenças.

Na perspectiva, a proposta do escritório carioca Mareines Arquitetura para esse conceito de arquitetura.

Áreas verdes

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda 12 m² de área verde por habitante. Nos últimos anos, a presença de mais áreas verdes e de recreação e calçadas mais amplas tornou-se uma meta para muitas cidades no mundo. A campeã mundial nesse quesito é a cidade de Edmonton, no Canadá, que tem 100 m² de área verde por habitante. As brasileiras Vitória e Curitiba seguem logo atrás. A primeira tem 91 m² de espaço verde por habitante, enquanto a segunda tem um índice de 64,5 m² por pessoa.